Encontro Tecnológico Criatividade Voltada para Inovação e Sustentabilidade
24/08/2016
Foi realizado em São Leopoldo/RS, dia 24 de agosto, o Encontro Tecnológico Criatividade Voltada para Inovação e Sustentabilidade tendo como palestrante o Sr. Prof. Elyo Caetano Grison (graduado em química, com mais de 40 anos de experiência no mercado da borracha) e Sr. Erich Wolff Dick (Administrador de empresas com MBA Executivo com foco em Inovação liderança e estratégia, CEO da Wolff Dick Ltda).
Nesta oportunidade foram apresentadas sugestões de como podemos inovar com criatividade utilizando ferramentas do dia a dia de cada indivíduo em relação ao bem comum da empresa e satisfação profissional.
Algumas das citações, mencionadas pelo Professor Elyo Caetano Grison, um dos palestrantes:
.......... Nos cursos “in company” sempre disponibilizei texto escrito dos conteúdos programados propiciando aos interessados o acesso fácil para revê-los.
Com o extraordinário desenvolvimento da comunicação social, qualquer pessoa pode hoje ter rápido acesso às informações de seu interesse. Isto é muito importante, mas não o suficiente, pois a informação tem um valor relativo de uma pessoa para outra.
A grande dificuldade que quase todas as pessoas têm, é a de transformar a informação em conhecimento, já que conhecimento é a informação posta em prática. Como consequência a inovação não ocorre na frequência e velocidade que deveria ter.
A responsabilidade por este fato é nossa, nós que nos propomos a ensinar. Ensinar não é só transmitir informação e conhecimento, ensinar é também dar ênfase à análise do significado da informação de modo que ela seja mais explícita e chegue decodificada às pessoas que a procuram, tendo em vista que ela tem diferentes significados para diferentes pessoas.
Desde Julho de 1974 venho lendo e colecionando textos de vários autores sobre criatividade e inovação. Assisti um sem número de palestras, conferências e marquei presença em numerosos eventos ocorridos em diferentes locais e datas.
Tive oportunidade de conhecer muitas inovações feitas nas mais diferentes áreas do conhecimento humano. Por isso acredito que inovação é o caminho para um futuro melhor.
Apesar deste ambiente francamente favorável, a inovação não acontece na intensidade desejável. É como se estivéssemos comprando roupas novas e continuássemos a utilizar roupas velhas.
Penso que no presente é necessária uma atualização de conceitos. Por exemplo, uma empresa deveria ser uma entidade onde várias pessoas se reúnem diariamente para fazer negócios, bons negócios. Ela não tem como objetivo criar emprego e renda, mas oportunidades de trabalho bem remunerado.
A escolha dos produtos, dos processos, dos equipamentos e operadores exige comando qualificado de modo que a empresa não seja uma estrutura jurássica, mas uma entidade ágil capaz de se adequar ao perfil conveniente para enfrentar com competência as flutuações do mercado.
No contato diário com diferentes pessoas, comecei a perguntar, sobretudo aos inovadores, como eles tinham iniciado o trabalho em busca da inovação. Quase todos eles, para não dizer a totalidade, começaram a inovar por necessidade de encontrar um caminho alternativo que lhes propiciasse sobreviver competindo em condições mais favoráveis em relação à concorrência. Sem se darem conta eles identificaram o ponto de partida e o ponto de chegada; ou seja: saber onde estavam e aonde queriam chegar. Ora, isso nada mais é do que projeto. Sem projeto não há inovação.
Na indústria da borracha muitíssima coisa foi feita e bem-feita, mas há muito por fazer tendo em vista as amplas possibilidades de melhoria que o setor oferece.
O mercado existe e continuará a existir enquanto houver transporte: bicicletas, motos, automóveis, caminhões, ônibus, trens, aeronaves e barcos ou navios, bem como a produção agrícola, através da mecanização das lavouras, do manejo de animais, da industrialização de alimentos e de uma infinidade de aplicações que as tecnologias inovadoras vêm desenvolvendo.
A especialização agora é muito acentuada e nem sempre o mercado é propício e por isso muitos empreendimentos amargam períodos de dificuldades.
Hoje não se pode deixar as coisas acontecerem e não tomar atitudes adequadas. O que falta são pessoas qualificadas capazes de identificar e dimensionar as necessidades de mudança. Ninguém tem à mão as soluções para todos os problemas do mercado. Diante das grandes dificuldades, as oportunidades sorriem para quem está preparado e disposto a trabalhar.
Por este motivo vamos iniciar com o “beabá” do processo que é criatividade. O mercado atual está carente de pessoas criativas e inovadoras. Vale aqui o aforismo: “A dor ensina a gemer”........
“Muitos de nossos atuais conceitos podem ser na realidade meros preconceitos. Ao contrário do que a maioria pensa, não existe apenas uma maneira de fazer bem alguma coisa e sim, tantas quantas forem as cabeças capazes de pensar.”
“O cérebro é algo que todos deveriam ter principalmente os que pretendem ser bem sucedidos”
Ensinar é compartilhar significados mais do que conhecimentos. “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina).
“Tudo o que somos é o resultado do que pensamos” (Gautama Siddartha – BUDA)
“Os pensamentos que povoam a mente são os que determinam o que a gente é.” (Ralph Waldo Emerson).
“Nós somos produto do que vemos, ouvimos e sentimos porque é isso que nosso cérebro processa de dia e sobretudo durante o sono. Daí resulta de grande importância escolher melhor o que vemos, o que ouvimos e sobretudo o que sentimos.”.......
.........Muito se fala hoje sobre inovação mas muito poucos pensam em inovar. É que a tendência da maioria das pessoas é de não sair da “zona de conforto” em que vivem rotineiramente: “sempre fizemos assim, por quê então fazer diferente?”
Este conservadorismo é até certo ponto compreensível, pois todos temos medo do desconhecido e raras são as pessoas que em vez de se sentirem aflitas vêem nos desafios uma oportunidade de mostrarem capacidade criadora.
Sem querer os inovadores aparecem ao olhar dos demais como sonhadores, um pouco à margem da normalidade, um pouco desafinados em relação ao diapasão do senso comum.
Por isso mesmo, sempre que pretendem dar inicio a uma ação inovadora vão ouvir ponderações como: “Isso não dá para fazer, nunca foi feito assim antes” e semelhantes......
Participaram representantes das empresas: Ingabor, Joaneta, Pinheiro e Santos, Cya Rubber, Weatherford, Inabor, Gato Elatômeros, Mercur, Quisvi, Prisma Montelur, Cetepo e Progomme.