Calçadistas de birigui registram aumento no número de exportações
As indústrias calçadistas de Birigui (SP) exportaram mais produtos no ano passado se comparado com 2016, devido à queda nas vendas dentro do Brasil. Em uma das indústrias de Birigui, o número de exportações registrou aumento de 30% em comparação com 2016.
O aumento na exportação foi para tentar garantir a sobrevivência de muitas empresas da cidade, já que por ano são produzidos milhares de pares de calçados. Atualmente, os calçados são exportados para mais de 40 países.
“A fábrica já tinha um planejamento estratégico bem definido para 2017 e o mercado nos ajudou, o câmbio foi favorável e com a situação da economia retraída em relação ao consumo do Brasil, a gente potencializou os negócios da fábrica fora do país”, explica o gerente de exportação Rodrigo Nunes.
No geral, o polo calçadista de Birigui, que tem mais de 300 fábricas, viu nas exportações uma saída pra manter o mercado forte. Em 2016, 3,1% dos calçados produzidos na cidade foram exportados, já no ano passado esse número dobrou e chegou a 6,28%, segundo uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi).
Apesar do bom momento nas exportações, a venda para outros países não foi suficiente para evitar que 2017 terminasse com queda de 2,5% na produção de calçados na cidade. A redução foi provocada principalmente pela crise econômica que afetou as vendas dentro do país, que também provocou o fechamento de 654 postos de trabalho.
Mesmo assim, o diretor do Sindicato das Indústrias de Calçados, Antenor Marques, acredita que 2018 será um bom ano para o setor. “A queda foi menor que do ano anterior, o que significa que o problema está diminuindo. Por outro lado, as sinalizações que temos de outros ramos e do mercado em geral é de que as sinalizações que há um início de recuperação”, diz Antenor.
O especialista em economia Henrique Pedroso Mazzei aposta na estabilidade do país esse ano. Para ele, 2018 vai ser mais tranquilo financeiramente. “Com a inflação baixa, com as reformas econômicas que estão sendo feitas, vamos ter um ano mais estável.”
Matéria publicada Site G1