Heveicultura cresce em MS e garante benefícios socioambientais
A produção de seringueiras está em crescimento no Mato Grosso do Sul, consolidando-se como uma alternativa econômica e sustentável no campo. Atualmente, a heveicultura ocupa cerca de 22,6 mil hectares e está presente em 29 municípios do estado, gerando impactos positivos tanto sociais quanto ambientais.
Cassilândia lidera a produção, com mais de 7 mil hectares e aproximadamente 3 milhões de plantas. Outros municípios em destaque são Aparecida do Taboado, com 3,5 mil hectares e 1,7 milhão de pés, além de Paranaíba e Inocência, que somam quase 2 mil hectares cada e cerca de 1 milhão de seringueiras. Nativa da região norte do Brasil, a árvore encontrou condições favoráveis nos solos e clima da região centro-norte de Mato Grosso do Sul, onde não há ocorrência de geadas.
Segundo Clóvis Tolentino, consultor técnico do Sistema Famasul, a proximidade com São Paulo, combinada ao clima favorável, solos férteis e menor custo por hectare, atraiu investidores, especialmente paulistas, contribuindo para a expansão da atividade nos últimos anos.
Tolentino também observa que a heveicultura é uma opção estratégica para produtores interessados na diversificação de renda, além de apresentar um impacto socioambiental importante. Ele explica que a seringueira contribui para a fixação de carbono, funcionando como armazenadora de CO2. A extração do látex, por ser uma atividade não mecanizada, exige mão de obra e pode envolver até mesmo a participação familiar, com cada trabalhador podendo ficar responsável pela sangria de até sete hectares.
Fonte: CNA Brasil
Imagem: Canva